Trabalhadores dos Correios constroem greve contra acordo coletivo de Bolsonaro


Trabalhadores do Correios na agência da Ribeira, em Natal




Para resistir à destruição do Acordo Coletivo de Trabalho, proteger direitos históricos, lutar contra a privatização, em luta contra os centenas de empregados que correram riscos na pandemia, trabalhadores e trabalhadoras dos Correios deflagraram greve por tempo indeterminado.

No Brasil, cerca de 100 mil funcionários aderiram ao movimento. A principal causa é a nova proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que retira 70 cláusulas do atual ACT, acabando com os 30% do adicional de risco; auxílio creche/babá; 70% sobre férias; indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais; pagamento de horas extras e entre outros direitos dos trabalhadores da ativa e aposentados.

Em nota, a federação dos Correios contou ser surpreendida com a revogação a partir do dia primeiro de agosto do atual acordo coletivo, cuja vigência valeria até 2021, mas arbitrariamente, o governo federal não cumpriu o proposta.

Além disso, os direitos retirados também incluem o vale-alimentação, a licençã-maternidade de 180 dias, além de pagamentos como adicional noturno.

A luta da categoria vem forte no último ano principalmente contra a privatização. Com a pandemia, as ações chegaram a Justiça para garantir que os trabalhadores e trabalhadoras tenham equipamentos de proteção individual, álcool em gel, testagem e afastamento daqueles que se enquadram no grupo de risco. Contudo, as estratégias do governo federal envolvem o plano de privatização, tentando precarizar e privatizar a entidade.

“Quanto mais duro o ataque, mais forte é a resposta da categoria: em números, essa já é a nossa maior greve. Não vamos aceitar o desmonte dos nossos direitos históricos pelo governo Bolsonaro e o General Peixoto. Queremos negociar. Ou ele senta para ouvir os trabalhadores ou a greve vai continuar”, declarou Shampoo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Correios.

rn.cut.org.

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