Gilmar Mendes diz que Lava Jato corrompeu a democracia ao agir contra o PT para eleger Jair Bolsonaro

  

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, confirmou, em entrevista à BBC, a tese que que a operação Lava Jato corrompeu a democracia e assaltou o poder, ao perseguir o Partido dos Trabalhadores para garantir a ascensão da extrema-direita no Brasil. "Primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula. Prestes à eleição, a Lava Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro", disse o ministro.

Gilmar disse ainda que, em razão de seus abusos, a Lava Jato "cometeu suicídio". Em outro trecho, ele falou sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. "Há muita discussão sobre uma atividade de promotor do juiz Moro. Mas o que se vê claramente é uma cooperação bastante grande entre o juiz Sergio Moro e o promotor. Moro, por exemplo, pedindo para ter conhecimento antecipado sobre a denúncia, ou Moro dizendo que uma determinada testemunha deve depor desta ou daquela forma. Ou que eventual apelação à decisão dele deveria ser submetido a ele. Portanto, tudo o que de fato não condiz com a relação entre promotor e juiz", afirmou.

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